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EXPOSIÇÃO A TEMPERATURAS ELEVADAS DIMINUI O POTENCIAL REPRODUTIVO DOS BOVINOS

Rebanho Nelore correndo no pasto, atrás há um peão de chapéu marrom e camisa azul, montado em um cavalo, mais ao fundo um cercado delimitando a área de pastagem e uma árvore.


Todas as vezes em que a temperatura corpórea dos bovinos de corte ou de leite aumenta, uma série de consequências negativas podem ser desencadeadas.

Isso porque, a exposição a temperaturas elevadas e à radiação solar intensa influencia negativamente na fertilidade e no potencial reprodutivo dos bovinos. 

Neste artigo você vai entender quais as consequências da exposição ao calor principalmente na questão de fertilidade dos animais, o porquê os bezerros sofrem mais e o uso de sistemas de produção integrados para proporcionar conforto térmico e reverter a exposição dos animais a temperaturas elevadas.


  • Consequências da exposição ao calor
  • Impactos na reprodução
  • Bezerros sofrem mais
  • Sistemas integrado


CONSEQUÊNCIAS DA EXPOSIÇÃO AO CALOR

De acordo com a Embrapa Gado de Corte Sudeste, quando um animal sente desconforto devido ao calor, ele passa a produzir uma quantidade maior de cortisol, hormônio diretamente ligado ao estresse. “E o aumento da concentração desse hormônio faz com que os animais se alimentem menos, o que prejudica significativamente a produção. Em um animal de corte, o crescimento é menor e, consequentemente, a produtividade também”, explica o pesquisador da Embrapa, Alexandre Rossetto Garcia.

“Para que a termorregulação corpórea aconteça, o gado de leite passa a consumir uma quantidade maior de água e, consequentemente, a apresentar uma maior sudorese, que faz com que perca líquidos e sais minerais fundamentais para a produção de leite. E os prejuízos financeiros aumentam porque, além da água ser um insumo e gerar custos para o produtor, o leite apresenta menor qualidade e valor comercial”.


Impactos na reprodução

De acordo com a Embrapa, os altos índices termocorpóreos trazem prejuízos também reprodutivos, o que afeta o produtor. “A elevação da temperatura corpórea também aumenta a temperatura interna dos testículos do touro, o que reduz a quantidade e a qualidade do sêmen. Na fêmea, o processo é similar: quando a temperatura interna da fêmea aumenta, os oócitos produzidos são de baixa qualidade, impedindo, muitas vezes, a fecundação. Caso a fecundação ocorra, o embrião precisa de condições favoráveis para o seu desenvolvimento e a temperatura ideal é uma delas, já que o feto é altamente sensível às oscilações térmicas e pode até morrer precocemente, sem que os profissionais que acompanham a gestação percebam. Além disso, situações de estresse durante a fase gestacional podem também acarretar defeitos congênitos no embrião, como más formações morfológicas”.


BEZERROS SOFREM MAIS

No pós-parto, o bezerro tem, por natureza, seu metabolismo mais acelerado e a frequência cardíaca e respiratória mais elevada, quando comparada a de um animal adulto. Mas seu mecanismo de termorregulação é menos eficiente e isso o deixa mais suscetível às oscilações de temperatura do ambiente. Por isso, ele também é prejudicado pelas altas temperaturas e pode apresentar hipertermia associada ao calor do ambiente de uma forma muito mais intensa do que nos animais adultos. BEZERROS SOFREM MAIS

No pós-parto, o bezerro tem, por natureza, seu metabolismo mais acelerado e a frequência cardíaca e respiratória mais elevada, quando comparada a de um animal adulto. Mas seu mecanismo de termorregulação é menos eficiente e isso o deixa mais suscetível às oscilações de temperatura do ambiente. Por isso, ele também é prejudicado pelas altas temperaturas e pode apresentar hipertermia associada ao calor do ambiente de uma forma muito mais intensa do que nos animais adultos.


SISTEMAS INTEGRADOS

Para proporcionar conforto térmico e reverter a exposição dos animais a temperaturas elevadas, a Embrapa Pecuária Sudeste aposta no uso de sistemas de produção integrados, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) que, além de proporcionar conforto térmico, visa a diminuir o estresse ao qual os animais são submetidos em sistemas convencionais. “Disponibiliza sombra e favorece a redução da temperatura corporal dos animais. Esse efeito é mais perceptível na primavera, no verão e nos períodos mais quentes do dia”.

São muitas as vantagens dos sistemas integrados: possibilitam ao produtor ter duas ou três atividades econômicas no mesmo espaço e ao mesmo tempo, o que permite que a monocultura seja deixada para trás e as fontes de renda, provenientes de um mesmo espaço, se multipliquem.

Há também benefícios para o meio ambiente, como o aumento da retenção de água pelo solo, da disponibilidade de matéria orgânica e da qualidade do capim, quando consorciado à silvicultura e à lavoura.

A introdução de árvores em sistemas pecuários é uma opção viável para melhorar o bem-estar animal e manter sua capacidade reprodutiva regular. “O gado procura pelas áreas sombreadas e ali fica parte do dia, quando as temperaturas estão mais elevadas”, afirma o pesquisador. As copas das árvores bloqueiam grande parte da radiação solar que incidiria diretamente no rebanho e ainda reduzem a temperatura ambiente em até cinco graus, proporcionando maior conforto aos animais”, finaliza Alexandre Rossetto Garcia, pesquisador da Embrapa.

Fonte: O Presente Rural

https://opresenterural.com.br/exposicao-ao-calor-excessivo-diminui-potencial-reprodutivo-de-touros-e-femeas/


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