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Aquecimento do mercado de cria no Brasil

Aquecimento do mercado de cria no Brasil

O Giro do Boi entrevistou Tainar Bordinassi, psicóloga e diretora da Nova Era Leilões.

Ela conta que há um aquecimento do mercado de cria no Brasil, em particular no estado do Tocantins.

“O que vivemos por anos na pecuária brasileira foi uma fase de desmotivação com preços e o pecuarista passou a abater as suas fêmeas. Agora, os criadores voltaram a investir, graças a essa valorização no bezerro e a recuperação no boi. Então, as produções começaram a aumentar e o pecuarista entendeu que esse é o momento de valorizar a mercadoria novamente. E esse aquecimento do preço do bezerro foi favorável: no nosso estado e acredito que em grande parte do Brasil, a venda de bezerras acontecia por R$ 500,00 a R$ 600,00 e, os bezerros, por R$ 800,00, o que nem pagava o custo de produção. E hoje estamos vendo uma supervalorização, que é um gatilho para motivar a pessoa que tem esse trabalho, que não é um trabalho fácil de fazer”, contextualizou.

E há também um aquecimento do mercado de matrizes. “Quem tinha deixado de produzir, voltou a criar as fêmeas. Então, a demanda por fêmea, principalmente de qualidade, tem sido muito valorizada. E outro fator muito importante foi a redução do abate de matrizes, já que era comum abater fêmeas, principalmente as que, às vezes, estavam prenhas e hoje não vemos mais essa prática. Hoje só se abatem fêmeas que estão vazias. […]

Como o Tocantins é um estado que produz muito, o que estamos vivendo aqui é um momento em que se consegue fazer reposição de matrizes com as bezerras e novilhas produzidas aqui”, comentou.

A valorização de preços da pecuária movimentou também o mercado de leilões como um todo e não só com o objetivo da aquisição de animais, mas também como uma espécie de benchmarking, de comparação e análise de mercado. E os leilões virtuais, segundo Tainar, acabam impactando não só na pecuária regional, como também possibilitam o engajamento de produtores mais distantes. “É o que vemos acontecer o tempo todo aqui. A empresa está instalada no Tocantins, mas filmamos animais no estado da Bahia, no Piauí. E vendemos para o estado de São Paulo e temos clientes em Mato Grosso do Sul. A internet é fantástica e esse formato também. Tem pessoas de fora do país que acompanham e acessam, que querem saber o que está acontecendo no Brasil, no estado do Tocantins. Realmente é uma ferramenta essencial”, ressaltou.

E enfatizou como o mercado de reposição está cada vez mais competitivo. “As ofertas de fêmeas nos leilões são poucas. O que temos observado aqui no Tocantins é que as fêmeas com potencial genético para reprodução estão em alta. Então, quem é criador de novilha tem feito IATF, tem vendido essas fêmeas prenhas ainda com mais precisão de informação. Todo mundo que tem as suas fêmeas pega um atestado de prenhez, um laudo com o tempo de gestação e isso ajuda muito quem está vendendo e, também, o investidor, que vai saber o tempo de gestação dessas fêmeas. Tudo tem funcionado desta forma”, apontou.


Data: 20/07/2021

Publicação: Giro do Boi



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